A diferença entre Educação e Inteligência Financeira

Quero aproveitar a oportunidade para explicar a diferença entre Educação e Inteligência Financeira.

A Educação financeira está, graças a Deus, muito na moda na TV e nas mídias sociais.

Algumas escolas, inclusive, possuem o conteúdo de educação financeira nas grades curriculares.

Portanto, educação financeira é a disciplina que ensina a importância de ter um orçamento, como sair das dívidas e realizar investimentos.

Na sua abordagem, acumula o conjunto de conhecimentos e técnicas para que você compreenda sua vida financeira.

E possa usá-la para planejar para conquistar seus objetivos.

No entanto, Inteligência Financeira é a maneira com a qual você consegue aplicar, na prática, todo o conhecimento adquirido com a educação financeira.

A Inteligência Financeira reconhece a natureza emocional das nossas decisões.

Muitas pesquisas desenvolvidas no campo da psicologia econômica e economia comportamental demonstram que só depois que uma decisão é tomada, é que passamos a entender o que foi decidido.

É quando racionalizamos e encontramos justificativas para explicar o motivo da tal decisão.

Então, com a Inteligência Financeira aprendemos a reconhecer os gatilhos mentais dominantes.

Podemos entender também, como tentar lidar com eles.

A Inteligência Financeira nos ajuda a utilizar  técnicas diretas.

Com elas, evitamos cair em enganos ou nos submeter a tentações constantes que nos afastam dos nossos objetivos.

Principalmente nos dias de hoje, que somos bombardeados o tempo todo e em quase todo lugar por ofertas, promoções e alertas como “você não pode perder”.

Um exemplo é a recomendação comum que, na melhor das intenções, afirma que se deve anotar todo e qualquer gasto, por menor que seja.

Para executar esta atividade, há uma demanda enorme de atenção e autocontrole.

Trata-se de um esforço que não gera quase algum resultado prático vantajoso pelo tamanho do esforço dedicado.

E pode ser substituído pela separação de uma quantia média de gastos por semana, para as despesas variáveis.

A Inteligência Financeira, ao identificar esta natureza emocional das decisões, reconhece que somos humanos.

E como seres humanos, somos falíveis a maior parte do tempo.

Outro exemplo de abordagem na diferença entre educação e Inteligência Financeira é afirmar que você deve deixar de gastar com salão de beleza, futebol com os amigos ou o barzinho no final de semana para economizar/poupar.

Se você considera alguma destas atividades essenciais para seu bem estar, não faz nenhum sentido abandonar algo que alivia sua rotina.

Simplesmente deixar de realizar uma atividade simples, que lhe traz satisfação, vai aumentar sua frustração.

Não é sustentável assumir tanto rigor no seu orçamento, com raríssimas exceções.

A consequência disto é que você irá abandonar boa parte da sua evolução na organização financeira e retroceder, ficar de “saco cheio”.

É muito importante buscar a educação financeira.

Aliás, eu acho que é um tipo de conhecimento essencial, dada a complexidade do mundo em que vivemos.

Mas também é muito mais importante que adquirir conhecimento, colocar em prática de maneira sustentável as técnicas aprendidas.

E é aí que entram as ferramentas de Inteligência Financeira.

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