A importância de calcular a Reserva de Emergência tem relação direta com o que falo com frequência sobre o assunto.
Antes de tudo, a presença de imprevistos na nossa vida e o quanto eles afetam nossos objetivos é constante.
Todavia, por mais que não seja o nosso desejo, é bem possível nos preparar para minimizar prejuízos financeiros.
Atualmente, uma bem calibrada Reserva de Emergência pode nos dar uma tranquilidade financeira, principalmente quando os imprevistos abalam o restante das nossas emoções.
Seguem aqui, dicas para calcular sua Reserva de Emergência.
Mas, antes de mais nada, ATENÇÃO: os itens e valores informados neste texto são exemplos, e devem ser usados como referencias para estimativas.
Aliás, quero deixar bem claro o que é imprevisto.
Um imprevisto é todo e qualquer evento inesperado, que não apresenta qualquer sinal ou que podemos ter expectativa.
Assim sendo, se a cada seis meses seu carro fica parado para arrumar algum problema, isto não é um imprevisto.
Se a cada 3 meses você precisa trocar uma peça do seu computador, porque pifou, isto não é um imprevisto.
Ou ainda, se em todo verão, na época de ventania, você precisa trocar as telhas da sua casa, isto não é um imprevisto.
Espero que a definição de imprevisto esteja clara para você.
Então, vamos lá.
Para o cálculo vou usar como referência uma média familiar de despesas mensais de R$ 4.500.
Os supostos imprevistos que irão ajudar na base de cálculo são: Franquia de Veículo, Parto Particular, Reforma de Instalação Elétrica, Funeral e Reforma Hidráulica.
É importante deixar claro que esta não é uma lista de despesas fixas ou eventuais, mas apenas referencias para a estimativa.
Exemplos de Imprevistos | Valor |
Franquia de Veículo | R$ 4.800,00 |
Parto Particular | R$ 15.000,00 |
Reforma de Instalação Elétrica | R$ 3.900,00 |
Funeral | R$ 2.900,00 |
Reforma Hidráulica | R$ 3.800,00 |
Valor médio de Imprevistos | R$ 6.080,00 |
Agora, vou usar a média de despesas mensais e o valor médio de imprevistos como fatores de multiplicação.
Estimei 4 (quatro) cenários.
Chamei os cenários de: Tranquilo, Severo, Crítico e Caótico.
No cenário Tranquilo, estimei um período de 3 (três) meses sem emprego, trabalho ou de perda de renda.
Para o cenário Severo, estimei um período de 6 (seis) meses sem emprego, trabalho ou com perda de renda.
E assim por diante, para o Crítico e Caótico.
Adotei mais um fator na multiplicação para a margem de segurança.
Usei o número 1,618, porque gosto dele. Mas você não precisa fazer o mesmo.
Logo, os resultados para as referências que adotei são:
Tranquilo | R$ 31.680,44 | ||
Meses para recolocação/perda de renda | 3 | R$ 13.500,00 | |
Quantidade de Imprevistos | 1 | R$ 6.080,00 |
Severo | R$ 63.360,88 | ||
Meses para recolocação/perda de renda | 6 | R$ 27.000,00 | |
Quantidade de Imprevistos | 2 | R$ 12.160,00 |
Crítico | R$ 95.041,32 | ||
Meses para recolocação/perda de renda | 9 | R$ 40.500,00 | |
Quantidade de Imprevistos | 3 | R$ 18.240,00 |
Caótico | R$ 158.402,20 | ||
Meses para recolocação/perda de renda | 15 | R$ 67.500,00 | |
Quantidade de Imprevistos | 5 | R$ 30.400,00 |
Quero lembrar que os itens e valores informados neste texto são exemplos, e devem ser usados como referencias para estimativas de acordo com sua realidade, circunstâncias e nível de vulnerabilidade da sua renda.
Caso queira uma cópia da planilha que usei para calcular, informe seu e-mail para baixar a planilha: